"Inteligência emocional (IE) é uma descrição das funções celebrais e mentais que diz respeito às emoções, é um apelo ao descobrir e explorar; em palavras simples, é a mente emocional, essa que desde o surgimento do homem tem sido descrito com imagens, poesias e filosofias" (SOTO, Eduardo. Comportamento organizacional: o impacto das emoções. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.)
SÓ PARA CONSTAR, quando li pela primeira vez esta descrição eu pensei: "Ah! Que legal![...] Mas, afinal, o que é Inteligência Emocional?"
Não estou criticando o autor, pelo contrário gostei do seu livro e recomendo-o. O que contesto é que tanto se fala de IE, tanto revela esse como um fator de importância para definir bons profissionais, que quando questionamos todas as respostas ainda são vagas.
Em uma palestra para a ExpoManagement 2003, Daniel Goleman o autor que com mais precisão discute o tema, comenta o assunto com enfoque nas lidaranças, mas partindo do pressuposto que a primeira liderança que devemos enfrentar é a do nosso próprio "eu", as afirmações do autor se encaixam a qualquer perfil.
Segundo o autor dos best sellers Inteligência Emocional e O Poder da Inteligência Emocional, o Q.I., ou Quociente de Inteligência, não é o fator determinante na hora de liderar uma equipe ou decidir sobre os rumos de uma empresa. "A Inteligência Emocional é constituída por uma série de competências: Autoconsciência, Consciência Social, Autogestão e Gestão dos Relacionamentos", disse Goleman.
A Autoconsciência é apontada por Goleman como a mais importante das partes que formam a Inteligência Emocional. Para ele, é através da Autoconsciência que o líder pode desenvolver uma auto-avaliação acurada e a autoconfiança. Já a Autogestão permite que o líder adquira a confiança dos seus subordinados, a iniciativa e a capacidade de adaptação, entre outras qualidades. A Consciência Social é responsável pela empatia, consciência organizacional e orientação para os serviços. Por último, a Gestão dos Relacionamentos coloca o líder como uma pessoa com alta habilidade de comunicação, capaz de estimular o desenvolvimento de seu grupo, criar laços e, entre outros, garantir que o trabalho em equipe seja eficiente e produtivo.
"Fizemos uma pesquisa onde pedíamos para os funcionários de diversas empresas se auto-avaliarem e avaliarem os outros colegas. Foi interessante perceber que os gestores mais medíocres eram exatamente aqueles que na auto-avaliação se colocaram como extremamente eficientes, bem articulados e maleáveis. Quando comparamos essas auto-avaliações com as avaliações feitas pelos outros colegas, vimos claramente a distância entre as duas: para os colegas ou subordinados, estes gestores estavam longe de ter o papel e influência que julgavam", contou Goleman. O especialista completou dizendo que, por outro lado, o bom líder sabe quais são suas qualidades e suas fraquezas. Assim, ele pode reforçar aquilo em que é bom e cuidar para minimizar ou eliminar as suas fraquezas. "Isso implica em autoconhecimento, em Inteligência Emocional".
resumo da palestra na integra, acesse: http://br.hsmglobal.com/notas/45899-daniel-goleman---intelig%C3%AAncia-emocionalO mundo das emoções norteia nossos relacionamentos, sejam eles familiares, de ordem social, nossas amizades, nossas relações profissionais. Quando falamos de pessoas, falamos de um universo de sentimentos,emoções, pensamentos, valores e complexividades.
Considerando o fato de que, constantemente, nos vemos bombardeados por informações diversas e variadas situações que exigem de nós respostas imediatas, a sociedade tem se tornado incapaz de gerir suas emoções.
Daniel Goleman aponta e destaca no seu livro os beneficio da Inteligência Emocional para os relacionamentos interpessoais. A capacidade de converter e transformar a realidade a partir da adequação das medidas aos momentos. As medidas da nossa emoção ao contexto em que estamos inseridos.
A empatia e o autoconhecimento, assim como o autocontrole são interligados, uma pessoa que é incapaz de reconhecer seus próprios limites tão pouco consegue compreender as necessidades que lhe são alheias.
A harmonia social ou inteligência de grupoé fruto da IE , quando as potencialidades e limites de todos os componentes do grupo ou equipe são levados em consideração e o ambiente social permite que estes sejam desenvolvidos. A incapacidade emocional, pelo contrário, impede que haja esta harmonia no relacionamento, pois as emoções descontroladas e a dificuldade em perceber o outro envolvido no processo acaba por submeter os talentos e habilidades reais a pré-conceitos determinados no âmbito de nossas emoções.
Enfim, o que claramente pode-se descobrir é que muito é explorado e muito ainda se pode explorar deste tema. O que eu espero é que bons profissionais permaneçam somente sendo bons profissionais por se prenderem a respostas feitas, pois o que move, moveu e sempre vai mover o mundo são os questionamentos.
VIVIANE DAS GRAÇAS VIEIRA
GESTORA DE RH
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