domingo, 17 de novembro de 2013

Por quê?!

Sou profissional de RH e mais de uma vez por dia me pergunto: "Por quê?!"
Quando penso que aceitei de livre e espontânea vontade trabalhar com pessoas, suspeito que devo ser louca. Quando lembro que estudei por dois anos, fiz diversos trabalhos, comprei livros sobre o assunto, tenho certeza: não sou normal. E naqueles momentos em que descubro que amo o que faço, não tenho dúvida: "sou um perigo público."
Devido a ética profissional não posso, não devo e não vou relatar nenhum fato real, mas isso não me impede de criar ficções baseadas em experiências e pensamentos reais.
Não posso afirmar que formulava esse texto em minha mente enquanto aguardava um candidato para uma entrevista e observando a cadeira vazia imaginava: "Por quê?!"
Sério! Por que as pessoas faltam a entrevista? Seja sincero quando a secretária ou as vezes a própria entrevistadora liga para agendar a entrevista e diga: "Não tenho interesse". Mas não, as pessoas criam uma expectativa e não aparecem... É crueldade....
Listei as possíveis e imagináveis respostas que soam melhor que a cadeira vazia:
Já estou trabalhando. Um clássico e vale até mesmo quando você não está,  só não quer fazer a entrevista porque deseja continuar gozando do Seguro Desemprego ou porque simplesmente não quer trabalhar...
Meu telefone está ruim, não estou te ouvindo. Esta é cínica e cruel, pois dependendo da necessidade, o entrevistador continuará tentando entrar em contato.
"Pra que é a vaga? Qual o salário? Mas a entrevista não pode ser mais perto da minha casa?" Essa é boa, usando as três perguntas nessa sequencia você ai perceber que a ligação começará a ficar ruim e vai cair...
Não tenho interesse. Obrigada! Sincera, digna e sem graça para o objetivo do texto.
5° Alô aqui é da empresa X gostaria de falar com fulano a respeito de uma entrevista.... Tu, Tu, Tu....

Pior que não comparecer a entrevista, é comparecer e fazer "pouco caso". Demonstre o mínimo interesse, mesmo que após a apresentação da vaga tenha ficado claro que não é o que você quer. Ao final agradeça, diga que sua pretenção é maior.
Acredite, o mesmo acontece com o entrevistador, mesmo sabendo depois dos primeiros 5 minutos que você não é possui o perfil da vaga, ele disfarça e finge interesse ao fazer 2 ou 3 perguntas automáticas.

O vencedor do momento "Por quê?!"é o sujeito que vai a entrevista e está super interessado, diz que precisa muito do emprego, aceita todas as condições, faz o teste e está feliz... Quando você liga para dizer que foi contratado, ele desaparece, retomando contato um mês depois para perguntar: "Tem uma vaga pra mim?"
Eis o que pensa em responder o profissional de RH:
1° Sim, a minha.... e se atira pela janela
2° É alguma pegadinha?
3° Até tem, mas já risquei e rasguei o seu currículo, não sem antes anotar seu nome para nunca mais te ligar.
4° Tem, você pode começar agora mesmo, só que não...
5° Tem, mas eu não vou dar.

E enfi o que responde o bom profissional:
- No momento não temos nenhuma vaga em aberto, mas você pode encaminhar seu currículo e entraremos em contato assim que abrir um processo seletivo.
Você pode imaginar um sorriso maligno no intimo do entrevistador imaginando que não irá te ligar e mesmo assim alimentou sua esperança, está é a maior vingança que ele pode fazer...

RH Criative
Humanizando processos e desenvolvendo talentos.
 Ou pelo menos tentando...
 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A procura de um emprego

O relógio desperta e prontamente o individuo levanta-se e prepara seu espirito para mais uma cansativa jornada.
Roupa lipa, cabelo arrumado, unhas aparadas, afinal, a aparência é de vital importância. Toma um café reforçado pois a caminhada é longa, escova os dentes, olha o relógio: está atrasado!. Corre para não perder o ônibus. Volta, porque esqueceu a preciosa pasta, pega a pasta e corre acenando para o motorista esperar...
Já posicionado no coletivo lotado - o tempo e a experiência adquirida pela rotina o tornou muito eficiente em equilibrar-se entre trinta estranhos, segurando com uma mão a pasta de currículos e a outra atravessando obstáculos humanos e apoiando sobre o encosto do banco - agora, quase confortável, começa a desenhar na sua mente a rota a ser trilhada.
Percorrendo as ruas observa que como ele outras pessoas, algumas já conhecidas, enfrentam os mesmos dilemas.
Entra nas primeiras agências, entrega os primeiros currículos com a certeza de que, em algumas, o descaso da recepcionista é a prévia do triste fim do seu histórico profissional tão bem formatado.
Em outras agências lhe questionam sobre seus hábitos, sua altura, seu peso, fato que o deixa confuso quanto a origem do serviço oferecido... "Mas, que seja!" Com a economia  atual, não se pode escolher muito...
Quase a hora do almoço, o organismo começa a dar os sinais de que uma parada se faz necessária. A procura por agências é substituída pela busca de um lugar onde se consiga comprar um salgado e um suco com as moedas que sobraram do vale transporte.
Depois de alimentado a procura continua...


Viviane das Graças Vieira

domingo, 11 de outubro de 2009

PÓS CRISE

Período pós-crise dá chance de pensar crescimento de longo prazo, diz presidente do Ipea

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/09/17/materia.2009-09-17.3082147117/view

“MUDANÇAS ECONÔMICAS DO BRASIL PÓS-CRISE”
A crise deu vários ensinamentos dentre eles à mudança da mentalidade de boa parte da população brasileira, como o gasto mais consciente, a mudança do hábito de consumo, com aumento do cartão de débito versus crédito, quitação de dívidas e aumento da poupança das famílias brasileiras.
[...]
Cada crise traz aprendizados, não estamos isolados do resto do mundo, a comemoração do governo brasileiro é exagerada, apenas havia uma especulação e análise de valor equivocada sobre a nossa economia que está agora no patamar que já lhe pertencia, provocada por vários processos democráticos e de políticas construtivas de vários governos nos 20 anos da política nacional, o crédito não é da última administração, mas da construção do esforço de todas as equipes de desenvolvimento econômico e tecnológico das duas últimas décadas e deixemos de demagogia, ninguém é pai do sucesso econômico brasileiro, que é o trabalho de milhares de técnicos, num esforço de equipe em prol do tão sonhado desenvolvimento do Brasil, este é no mínimo o papel daqueles que honram o seu trabalho nos órgãos de regulação pública nacional.
[...]
O Brasil vai crescer pela vontade deste povo, por empresários de garra e de várias autoridades públicas eficientes, mas precisamos fiscalizar e cobrar transparência democrática para transformar o gigante adormecido em uma potência econômica real.
(trechos do artigo do economista e psicopedagogo Welinton dos Santos, publicado dia 17/09/2009 no site http://www.artigonal.com/)
 
Bom, a crise acabou, espero que as desculpas também...
Com o fim declarado pelos economistas, podemos sorrir: 
 
 






 

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A DESVALORIZAÇÃO DA PERSONALIDADE

Recebi esta semana um e-mail de um amigo com um conteúdo que gostaria de partilhar e comentar.

Entrevista com Roberto Shinyashiki

A revista ISTO É publicou esta entrevista de Camilo Vannuchi. O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.


Em 'Heróis de Verdade', o escritor combate a supervalorizaçã o das aparências, diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.



ISTO É - Quem são os heróis de verdade?

Roberto Shinyashiki -- Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe.

O mundo define que poucas pessoas deram certo.
Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes.
E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados.

Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu à pena, porque não conseguiu ter o carro, nem a casa maravilhosa.

Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa, possa se orgulhar da mãe..

O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes.

Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros.
São pessoas que sabem pedir desculpas e admitiram que erraram.


ISTO É -- O Sr. citaria exemplos?

Shinyashiki -- Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia.

Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis.
Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem.

Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito '100% Jardim Irene'.

É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes.

O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana.

Em países como o Japão, a Suécia e a Noruega, há mais suicídio do que homicídio.
Por que tanta gente se mata?

Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher, que embora não ame mais o marido, mantém o casamento,e vice versa, ou o homem que passa décadas em um emprego, que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.


ISTO É -- Qual o resultado disso?
Shinyashiki -- Paranóia e depressão cada vez mais precoce.

O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece.
A única coisa que prepara uma criança para o futuro, é ela poder ser criança.

Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas.

Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.


ISTO É - Por quê?

Shinyashiki -- O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento.

É contratado o sujeito com mais marketing pessoal.

As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.

Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras.
Disse que ela não parecia demonstrar interesse.
Ela me respondeu estar muito interessada, mas como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas.

Contratei-a na hora.

Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.


ISTO É -- Há um script estabelecido?

Shinyashiki -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa 'O Aprendiz'?

- Qual é seu defeito?

Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal:
- Eu mergulho de cabeça na empresa.. Preciso aprender a relaxar.

É exatamente o que o Chefe quer escutar.

Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido?
É contratado quem é bom em conversar, em fingir.

Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse:
'Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir'.

Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor!


ISTO É -- Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?

Shinyashiki -- Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento.

Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.
Cuidado com os burros motivados..

Há muita gente motivada fazendo besteira.
Não adianta você assumir uma função, para a qual não está preparado.

Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão.
Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso, para o qual eu não estava preparado.

Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia.
O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.


ISTO É -- Está sobrando auto-estima?

Shinyashiki -- Falta às pessoas a verdadeira auto-estima.

Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa.
Antes, o ter conseguia substituir o ser.

O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom.

Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser, nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer.
As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam.
E poucos são humildes para confessar que não sabem.

Há muitas mulheres solitárias no Brasil, que preferem dizer que é melhor assim.
Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.


ISTO É -- Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?


Shinyashiki -- Isso vem do vazio que sentimos.

A gente continua valorizando os heróis.

Quem vai salvar o Brasil? O Lula.
Quem vai salvar o time? O técnico.
Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.

O problema é que eles não vão salvar nada!

Tive um professor de filosofia que dizia:
'Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham'. Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia.

Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.

A gente tem de parar de procurar super-heróis, porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.


ISTO É -- O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki -- Exatamente.. A gente não é super-herói nem superfracassado.
A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza.
Não há nada de errado nisso.

Hoje, as pessoas estão questionando o Lula, em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram.

A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.


ISTO É -- Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki -- Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente.

Há várias coisas que eu queria e não consegui.

Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos.

Com uma criança especial, eu aprendi que, ou eu a amo do jeito que ela é, ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.

Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo.
O resto foram apostas e erros.

Dia desses apostei na edição de um livro, que não deu certo.

Um amigão me perguntou:
'Quem decidiu publicar esse livro?'
Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.


ISTO É - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki -- O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las.

São três fraquezas:

A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança.

Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram.

Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno.
Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards.

Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates.

O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.


ISTO É -- Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki -- A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade..

A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se eles não tivessem significados individuais.

A segunda loucura é:
Você tem de estar feliz todos os dias.

A terceira é:
Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.

Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo.

Jeito certo não existe.
Não há um caminho único para se fazer as coisas.
As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.

Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.

Tem gente que diz que não será feliz, enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.

Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo à praia ou ao cinema...

Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais.
Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
A maior parte pega o médico pela camisa e diz:

'Doutor, não me deixe morrer.. Eu me sacrifiquei à vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz'.
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.

Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.
 
 
O que me surpreendeu ao receber este artigo é que há algumas semanas atrás eu questionava meus colegas à respeito do quanto estes ainda gostariam de estudar e quando sua formação chegaria em um estágio aceitável. Questionei isso porque os meios de comunicação, os profissionais e o mercado tem exigido uma formação profissional eterna, onde nunca seremos bons o suficiente. E eu pergunto: Bom para que?
 

 
As pessoas passam anos em graduações, pós, mestrados, MBAs, à espera de que Um dia...


O que tenho observado é que estão sendo criados profissionais frustrados, que caminham sabendo que nunca vão chegar ou pior deixaram de saber qual é seu objetivo.
 
 
A TV ou a entrevista com um grande administrador determina o que vou fazer com minha carreira. Isto é plano de carreira?
 
O mercado de trabalho determina o que tenho que ser. Esta é a onda da despersonalização do profissional e é totalmente contraditório para os que se gloriam da Gestão do Conhecimento.
 
 
 
Sinto muito em dizer: Enquanto houver profissionais sugestionados e aliendados, enquanto a personalidade do indivíduo for ignorada e ficarmos a mercê ondas do mercado - não que eu  desconsidere a importancia das mudanças que ocorrem, o que contesto é como isso nos tem afetado e controlado - enfim, enquando o ser humano não for tratado como tal, em toda sua extensão; toda mudança de gestão será falha, e Gestão do Conhecimento será sonho de getores idealistas.
 
 
 
VIVIANE DAS GRAÇAS VIEIRA
GESTORA DE RH

domingo, 20 de setembro de 2009

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

"Inteligência emocional (IE) é uma descrição das funções celebrais e mentais que diz respeito às emoções, é um apelo ao descobrir e explorar; em palavras simples, é a mente emocional, essa que desde o surgimento do homem tem sido descrito com imagens, poesias e filosofias"                      (SOTO, Eduardo. Comportamento organizacional: o impacto das emoções. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.)

SÓ PARA CONSTAR, quando li pela primeira vez esta descrição eu pensei: "Ah! Que legal![...] Mas, afinal, o que é Inteligência Emocional?"

Não estou criticando o autor, pelo contrário gostei do seu livro e recomendo-o. O que contesto é que tanto se fala de IE, tanto revela esse como um fator de importância para definir bons profissionais, que quando questionamos todas as respostas ainda são vagas.

Em uma palestra para a ExpoManagement 2003, Daniel Goleman o autor que com mais precisão discute o tema, comenta o assunto com enfoque nas lidaranças, mas partindo do pressuposto que a primeira liderança que devemos enfrentar é a do nosso próprio "eu", as afirmações do autor se encaixam a qualquer perfil.

Segundo o autor dos best sellers Inteligência Emocional e O Poder da Inteligência Emocional, o Q.I., ou Quociente de Inteligência, não é o fator determinante na hora de liderar uma equipe ou decidir sobre os rumos de uma empresa. "A Inteligência Emocional é constituída por uma série de competências: Autoconsciência, Consciência Social, Autogestão e Gestão dos Relacionamentos", disse Goleman.



A Autoconsciência é apontada por Goleman como a mais importante das partes que formam a Inteligência Emocional. Para ele, é através da Autoconsciência que o líder pode desenvolver uma auto-avaliação acurada e a autoconfiança. Já a Autogestão permite que o líder adquira a confiança dos seus subordinados, a iniciativa e a capacidade de adaptação, entre outras qualidades. A Consciência Social é responsável pela empatia, consciência organizacional e orientação para os serviços. Por último, a Gestão dos Relacionamentos coloca o líder como uma pessoa com alta habilidade de comunicação, capaz de estimular o desenvolvimento de seu grupo, criar laços e, entre outros, garantir que o trabalho em equipe seja eficiente e produtivo.


"Fizemos uma pesquisa onde pedíamos para os funcionários de diversas empresas se auto-avaliarem e avaliarem os outros colegas. Foi interessante perceber que os gestores mais medíocres eram exatamente aqueles que na auto-avaliação se colocaram como extremamente eficientes, bem articulados e maleáveis. Quando comparamos essas auto-avaliações com as avaliações feitas pelos outros colegas, vimos claramente a distância entre as duas: para os colegas ou subordinados, estes gestores estavam longe de ter o papel e influência que julgavam", contou Goleman. O especialista completou dizendo que, por outro lado, o bom líder sabe quais são suas qualidades e suas fraquezas. Assim, ele pode reforçar aquilo em que é bom e cuidar para minimizar ou eliminar as suas fraquezas. "Isso implica em autoconhecimento, em Inteligência Emocional".
resumo da palestra na integra, acesse: http://br.hsmglobal.com/notas/45899-daniel-goleman---intelig%C3%AAncia-emocional




O mundo das emoções norteia nossos relacionamentos, sejam eles familiares, de ordem social, nossas amizades, nossas relações profissionais. Quando falamos de pessoas, falamos de um universo de sentimentos,emoções, pensamentos, valores e complexividades.








Considerando o fato de que, constantemente, nos vemos bombardeados por informações diversas e variadas situações que exigem de nós respostas imediatas, a sociedade tem se tornado incapaz de gerir suas emoções.







Daniel Goleman aponta e destaca no seu livro os beneficio da Inteligência Emocional para os relacionamentos interpessoais. A capacidade de converter e transformar a realidade a partir da adequação das medidas aos momentos. As medidas da nossa emoção ao contexto em que estamos inseridos.



A empatia e o autoconhecimento, assim como o autocontrole são interligados, uma pessoa que é incapaz de reconhecer seus próprios limites tão pouco consegue compreender as necessidades que lhe são alheias.








A harmonia social ou inteligência de grupoé fruto da IE , quando as potencialidades e limites de todos os componentes do grupo ou equipe são levados em consideração e o ambiente social permite que estes sejam desenvolvidos. A incapacidade emocional, pelo contrário, impede que haja esta harmonia no relacionamento, pois as emoções descontroladas e a dificuldade em perceber o outro envolvido no processo acaba por submeter os talentos e habilidades reais a pré-conceitos determinados no âmbito de nossas emoções.

Enfim, o que claramente pode-se descobrir é que muito é explorado e muito ainda se pode explorar deste tema. O que eu espero é que bons profissionais permaneçam somente sendo bons profissionais por se prenderem a respostas feitas, pois o que move, moveu e sempre vai mover o mundo são os questionamentos.

VIVIANE DAS GRAÇAS VIEIRA
GESTORA DE RH

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A CRISE E EU

"O período de recessão em que vivemos e a crise decorrente, tem nos assustado muito, porém, os fundamentos econômicos que o mercado apresentava antes de estourar a crise ainda estão ai, o que mudou foi a percepção sobre a abundância de crédito. Com tudo isso, as pessoas começam a economizar, as empresas começam cortando investimentos e demitindo, com medo de não encontrarem mercado pra seus produtos e serviços.

[...]
A maioria dos investimentos em momento de CRISE são propícios ao DESTAQUE.
[...]
Segundo Alessandro Garcia (diretor do RHProfiler) a demanda por seus serviços só vem aumentando desde o ano passado, pois acreditam os grandes empreendedores (seus clientes) que o momento ideal para investir é justamente aquele onde todos os concorrentes estão demitindo talentos demasiadamente. Os resultados acontecem através do “revolucionar”, “inovar”.
A razão do sucesso é buscar qualidade, criar e dar oportunidades, justamente nos momentos em que os outros só enxergam CRISE."

(trechos do artigo: Como Sobreviver Em Momentos De Crise    M. A. D. M. C. T. Duarte)
para acessar o artigo na integra: http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=8078cvz8t



Definir o perfil profissional necessário para manter-se competitivo no mercado de trabalho diante da atual conjuntura econômica está muito mais ligado ao perfil profissional que estamos dispostos a oferecer do que as receitas de profissional perfeito que surgem e ganham espaço nas bancas de revistas.

É respondendo a perguntas do tipo: “ Que meta desejo alcançar?”, “O que procuro?” ,“O que quero e posso oferecer de diferencial para satisfazer as necessidades do mercado?”e "Quem sou eu como profissional?"; que encontraremos um perfil profissional capaz de sobreviver e desenvolver-se mesmo em tempo de crise.



Para compreendermos esta afirmação é necessário abordar o conceito de crise e a dinâmica do relacionamento do homem com a crise.


Sem prender-se ao foco único de crise econômica, mas abordando o termo de forma mais ampla é valido definir que se estabelece uma crise a partir do momento em que o homem ou uma determinada realidade deparasse com seu limite. Um limite, não necessariamente, é o fim de um processo, o que faz do limite um fim ou não é a maneira como o enxergamos. Podemos entender o limite como ponto de estagnação ampliando o valor do limite e prendendo-nos em questionamentos infrutíferos e muitas vezes sem resposta a respeito do “porque aconteceu” ou “de quem seria a culpa”. Por outro lado podemos enxergar o limite como oportunidade de crescimento, desenvolvimento, mudança e inovação; para isso devemos mudar o foco de nossos questionamentos, desenvolvendo perguntas de “como superar”, “o que posso fazer”, “quais são os outros caminhos que se abrem”. Contudo não é possível chegar às respostas dessas perguntas sem que tenhamos autoconhecimento, sem que sejamos capazes de reconhecer nossos limites e potencialidades.



Quando temos esclarecido estes conceitos somos capazes de atuar sobre eles, treinando nossas limitações e desenvolvendo nossas potências, assim damos mais valor as nossas capacidades e aplicamos mais forças em torná-las um diferencial que nos permita encontrar possibilidades e oportunidades de crescimento.



Enfim, o que faz de uma carreira promissora ou não é sua capacidade de extrair de um ambiente dinâmico, de constantes mudanças e inovações um diferencial de competitividade.
                    

VIVIANE DAS GRAÇAS VIEIRA
GESTORA DE RH